sábado, 13 de outubro de 2007

Aviso aos navegantes

1) O Blogger não permite editoração fora dos padrões que, por alguma razão, ele acha únicos. Assim, certos recursos literários que a gente utiliza para criar alguns "efeitos especiais", na verdade, acabam dando a impressão de que a gente é idiota. Exemplo: no sétimo parágrafo, a palavra "transparente" vai se tornando transparente, pelo desaparecimento gradual dos fonemas, até existir apenas o espaço em branco entre as vírgulas... O PageMaker e até o Word (o Word!) fazem isso com um pé nas costas. Agora vejam o que o Blogger fez. Dêem um desconto pra essa porqueira aí...

2) Eu só vou fazer comentário agora a partir de perguntas e comentários de vcs. Senão fica parecendo leitura dirigida. Se vcs não perguntarem ou comentarem nada, eu fico aqui, quieto no meu canto.

11 comentários:

Anônimo disse...

Olá Miguel,
Tudo bem?Gostaria apenas de fazer uma breve análise de seu livro "Os mortos estão no living" com o intuito de saber o porquê dessa temática.Sua obra explora a morte,que é um assunto polêmico,pois nada se sabe sobre ela,ou quando se sabe,é omitido.Você escolheu abordar esse assunto por ele ser encarado na sociedade atual como algo enigmático e misterioso?Porque somente quem leu seu livro, sabe o quanto isso é verdadeiro e presente nos seus contos.São belas narrativas carregadas de aliterações e sinestesias e dentro de tudo isso,percebemos(nós,leitores) que a morte é sim,uma forma de descrever diversos eventos que não se fundem,como é a proposta do seu livro.São textos independentes,sem personificação e você ainda consegue,maravilhosamente bem,concretizar algo tão abstrato em nossas mentes,alguns devaneios,certas loucuras,diria assim.Em se tratanto de tanta peculiaridade,foi esse "mistério" ao redor da morte que o fez escrever o livro?Interesso-me em saber porque, é fascinante o modo com o qual não moralizou sua obra,mesmo tendo uma temática tão pouco "bem explorada".Ainda curiosa,gostaria de saber se o termo "living" seria a justificativa para mostrar que os mortos estão em nosso meio,por toda a parte,sempre presentes?Um abraço.

Miguel Marvilla disse...

Paula, não vou conseguir responder assim, na "tampa". À noite, que é quando sou menos o eu cotidiano e consigo ver as coisas, paradoxalmente, de maneira mais clara, voltarei. Senão com respostas (Será que importam mesmo? Será que sei?), com mais perguntas...

Muito instigante ver vc por aqui, ajudando a levantar a poeira deste blog... :)

Anônimo disse...

Olá Miguel...
Compareço novamente em seu blog para dizer que fiz o meu próprio,se puder visitá-lo,será uma grande honra.Um abraço.

Juan Filipe Stacul disse...

Os nossos mortos, amados e íntimos, caminhando e consersando conosco, num contato tão vivo e único... um certo "living" onde somos seres de um mundo misterioso, com passagens e transformações indescritíveis!
Que magia é essa, Miguel, que brota hipnótica de sua obra?
Encontrei-me em seus contos como jamais aconteceu antes, exceto com García Marquez. Jamais me senti tão íntimo e próximo das palavras de um escritor como aconteceu quando li seu livro.
Meu muitíssimo obrigado por me fazer sentir tão bem. Saiba que ganhou um fã como nenhum outro.
Espero te encontrar em breve, pessoalmente.
Um abraço.

::www.fstacul.com.br::

Anônimo disse...

Prezado,

Vc é CAPIXABA ou caipirioca?

Miguel Marvilla disse...

Dei sorte, anônimo: sou capixaba. mais brasileiro que capixaba, na verdade. Mas que diferença isso faz?

Juan Filipe Stacul disse...

Fico feliz que tenha gostado de meu estilo. Quanto ao García Marquez, sou vidrado nas obras dele.
"O enterro do diabo", em especial, foi um dos livros que mais me impressionaram. A forma como García brincou com a narrativa, mudando de foco continuamente, foi mágica. Fora que não há quem não se encante com a história dos garotinhos descobrindo um novo mundo e a luta daquela família para enterrar um morto repudiado por toda a cidade.
No entanto, depois de "Cem anos", o livro de García que mais mecheu comigo foi "do amor e outros demônios". Aquele texto libertou sentimentos da minha alma que eu nem lembrava mais que existiam.
O único texto dele que eu li até hoje e não me despertou sensação alguma foi "memórias de minhas tristes putas". Não sinto García Marquez naquele livro (não me pergunte por que). Mas essa é uma opinião pessoal.
Um grande abraço.Pode me achar no orkut também, porque eu não te encontrei lá...rsrsr

Miguel Marvilla disse...

Orkut? Não me encontrou lá, nem vai. Sou dos inimigos radicais dessa coisa. Qt a GGM, melhor vc reler o Memória de minhas putas tristes, num momento em que estiver com o espírito leve. Creio que nós nos deixamos levar pela diferença de idade entre os dois protagonistas, mas é aí, em saltar sobre o nosso preconceito, que vamos encontrar GGM em sua melhor forma: romântico, original, e com o olhar doce (isso pode parecer heresia a certos intelectuais) que ele sempre lança sobre as prostitutas e os que delas se servem. Não tem, claro, o peso de Cem anos, de Do amor e de Crônica, ou de O amor nos tempos do cólera, mas, Filipe, é a melhor literatura do planeta, ouso dizer, pulando sobre Umberto Eco, Shakespeare e Joyce. Mas vc tem conhecimento e sensibilidade suficientes para não concordar comigo. Vou, aliás, reler O enterro do diabo por sua causa. Eu já havia esquecido dele, diante de outros tão maiores (sem contar o melhor conto já escrito, "O afogado mais bonito do mundo", em Cândida Erêndira.

Um abraço.

PS: Espero poder assistir à apresentação do seu trabalho na faculdade, se me convidar, claro. hehe

Juan Filipe Stacul disse...

Realmente o orkut tem seus defeitos. Mas depois que se acostuma... vira vício.
Lerei "Memórias" com mais calma no fim de semana. Vou tentar absorver o ar de García Márquez nele.
Mais uma coisinha... já comecei a publicar meus contos comemorativos de Halloween - estão no blog do meu site.
Um grande abraço.
Até mais.

Naiara ;) disse...

Miguel...
Li o comentário que vc fez sobre a minha pergunta...(lembra, sobre a questão do "que" no final do conto Domínio?"
Poxa, q pena q o blogger deu erro!
Mas eu to esperando, viu?!
Esquece de mim n!

BjO

Miguel Marvilla disse...

Naiara, tô devendo dois comentários. Um pra vc e um pra Paula. Desculpem, as duas. Não esqueci, não. É que poetas também precisam trabalhar e o trabalho neste último mês tem sido maior do que eu posso carregar sozinho. Mas REprometo às duas que, até o feriado escrevo.

Vou responder do lado de fora, que é porque acho as questões de vcs tremendamente pertinentes e interessantes.