segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Café Literário Sesc


Aí, gente, o Sesc estréia dia 14, terça, 19h, no Centro Cultural Majestic, o "Café Literário", um projeto que visa a (gostaram da regência,"visar a"?) promover discussões literárias entre escritores. Nessa primeira edição, os escritores são o Caê Guimarães (grande poeta, quem ainda não o leu arranje um jeito de limpar essa nódoa da biografia) e — adivinhem? yeeeeessssss! — este escriba que vos fala. O mediador é o Grijó. Só pelos dois (o falso modesto aqui vai se excluir antecipadamente) já vale a ida ao Majestic. O tema desse primeiro Café Literário é Tempo da História, tempo da poesia. Bonito, né? Coisa da Aline Yasmin. Dela também, e do Quorum, é o belíssimo cartaz do evento. Vejam aí em cima.

Tá feito o convite. Quem viver verá. Ou não.

6 comentários:

Lili Cheibub disse...

eu vou, eu vou, eu vooooouuuuuuuu

láláláláááá

Miguel Marvilla disse...

Nem vendo acredito...

Cacau disse...

Miguel Marvilla, estive presente no debate promovido pelo SESC e tive o prazer de ler dois poemas seus no Dédalo que estava à venda (achei ótimo o do cupim "lendo" Pessoa, não lembro o nome do poema) e de ouvi-lo pessoalmente. Confesso que não o conhecia, só moro há um ano e meio no Espírito Santo. Portanto, não li o tal conto do cão, que se bem entendi, nele a própria cadela que introduz o pênis do cão, depois de cortá-lo, em si mesma. Você deu a entender que não sabe o que quis dizer com isso, mas eu fiz a seguinte leitura: um erotismo patológico, necrofilia mesmo, a "pessoa" sentindo prazer com o falo de alguém já morto. Ou, metaforicamente, pode ter uma conotação positiva: no caso dos escritores, podemos sentir prazer com eles mesmo depois que eles morrem, pois eles se eternizam nos livros. Assim, a obra que eles nos legam seria o falo cortado com que nos masturbamos mentalmente. Agora, se foi a cadela que matou o cão com o objetivo de cortar seu pênis para usufruir dele, bem, aí é egoísmo puro, né? Anular o outro para poder sentir prazer com ele, amor possessivo, por exemplo (até mesmo superproteção, no caso de pais com os filhos). É isso, prazer em conhecê-lo. Gostaria de ler o conto que comentei, se você puder postá-lo aqui...

Abraços e sucesso!

Miguel Marvilla disse...

Cacau, eu, o Caê e o Grijó, mais o pessoal do Sesc, ficamos muito satisfeitos com a a presença de todos no Café Literário. Acho que seu comentário, levando em conta que não conhece o conto (vou postá-lo aqui em breve), faria muito sentido, se a premissa de que vc parte (a da cadela matando o cão) fosse verdadeira. Não é. O cão é o último da espécie, anda por todos os lugares, doente e cansado, à procura de outro igual a ele. E morre sozinho. Pouco depois, a cadela, que procurava a mesma coisa, por outros caminhos, o encontra. Mas ele já não pode servir para que a espécie continue. Só que ela, numa última e inútil tentativa (uma referência à permanência feminina? A mulher só morre depois da esperança), corta o pênis dele e o introduz em si, como em O império dos sentidos. Não me parece que haja aí egoísmo ou necrofilia, mas a sua idéia de erotismo patológico é perfeitamente cabível. Confesso que há coisas que escapam ao controle de quem escreve. Talvez eu tenha deixado essa possibilidade na página, inconscientemente. Então ela está lá. Cada leitor, sendo o que é, faça uso dela como lhe convier. A obra deve sempre ser uma "obra aberta", como diz Umberto Eco.

Atualizarei o blog em breve.

Um abraço.

Miguel Marvilla disse...

Ah, Cacau: passei rapidamente pelo seu blog. Gostei bastante do que li e vi, mas vou gostar mais depois de parar lá um tempo, com calma, e tentar enxergar o que está abaixo da superfície. Me aguarde...

Cacau disse...

Ok.

Te espero lá então...

:)

Abraço!