quarta-feira, 21 de março de 2007

Princípio de conversa - II

Títulos - I

O título do livro é, modéstia às favas, um achado, ainda que involuntário. Mas literatura é assim, nem tudo é fruto de escolha consciente: “Entre a intenção do autor e o propósito do intérprete”, diz Umberto Eco em Interpretação e superinterpretação, “existe a intenção do texto”. A princípio, o título era apenas o de um dos contos, que vc vai ler aí embaixo, em que uma mulher recebe na sala a visita dos parentes mortos e não entende o que está acontecendo. Ela está morta mas não tem consciência disso. Ainda não.

Eu achei que essa situação simbolizava a minha “intenção do autor”: meu livro deveria falar da morte não como fim da vida, mas talvez até como os kardecistas [corram pro Houaiss ou pra Wikipedia] falariam: como um passagem para outra etapa. Discutiremos isso como um dos temas principais do livro, ao longo deste blog. Aceito as sugestões e opiniões de vcs, que essa é a motivação principal para eu estar aqui a essas horas da noite. Toca o bonde...

Um comentário:

cleytonthekid disse...

acho muito interessante esse assunto, comecei a estudar o kadecismo a pouco e já li vários livros espiritas q falavam de pessoas que morreram só que não tomavam consciencia disso e ficava entre os vivos, apesar de ser ateu em estado de agnostico gosto desses assuntos, peguei o livro sabado para ler, espero q vc possa tirar minhas duvidas quanto a ele.